sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Apresentação.

Para quem não me conhece,não devo me apresentar

Tão pouco explicar quem ou o que sou.
Digo apenas que sou feliz, mesmo estando sempre triste, com o que por desventura do destino não aconteceu.

Não devo dizer a ninguém o que penso, ou o que vejo...pois tudo é tão abstrato quanto meus pensamento...
que se transformam a deriva dos momentos passados....que passaram como o vento por mim, mas que nem ao menos me lembro de lembrar.
Minhas revoltas...me devoram por dentro...mas em um instante elas saem pela minha boca...sinceras e duras em formas de palavras que não deixo de dizer.
Não saberia dizer quem sou, ou minhas qualidades
Até por que são poucas, e procuro cultivar meus defeitos...
Pois quem atinge a perfeição é porque não tem mais o que viver...
e eu apenas comecei...
Estou descobrindo agora as verdadeiras dores do mundo.


Vanessa Araújo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

E agora meu caro amigo?

E agora o que farei dos meus dias, minhas manhãs infinitas, cheias de conversas sem sentidos, que faziam brotar sorrisos e alegrias sentidas na alma. E agora o que farei meu caro amigo? Se não existe mais nada!

E agora o que farei com as tardes marcadas pelas lembranças e momentos especiais, inerentes á minha existência. E agora o que farei meu caro amigo? Se a escolha feita foi o esquecimento...o silêncio!

E agora o que farei das noites, em que a hora se tornava sem importância perante aos questionamentos inventados, apenas para prolongar as conversas. E agora o que farei meu caro amigo? Se não terei mais chamadas ao telefone, nem mensagens de boa noite as três da madrugada.

E agora percebo que tudo se foi...nada mais existe! E agora viverei meus dias de efêmeras reflexões sem segundas opiniões.
E agora sentirei a dor pungente sozinha, e agora de fato não serei total alegria...E agora?
Por onde devo caminhar?Se nesse caminho, não existe mais tua presença, nem mesmo a ausência! Nada mais SEU existe em mim.
E agora o sobejo Fim.

Caminhada

Sempre lhe avisaram, para ter cuidado ao atravessar a vida.
Como de costume não deu ouvidos e perdeu-se no ponto de partida.
Agora caminha em circulos, sem rumo, sem norte.
Apenas caminha, para o tempo passar, para a vida passar, entregue a sua propria sorte.
Sobe montanhas, desce vales, mas nunca sabe quando parar.
Passos longos, rápidos, precisos e firmes ao tocar o chão.
Caminha com tanto afinco, mas para qual direção?
Caminha de dia e de noite, nunca para?
Quem sabe caminhar seja a única saída para quem de si se esqueceu.
Para quem em vida, vive a morte.
Mas para a morte nem nasceu.
Não sente fome, nem sede?
Com roupas sujas, trafega entre seus semelhantes.
Que o ignoram, pois não o reconhecem como gente.
Não tem idêntidade, nem rosto, nada tem.
Somente seus passos que o levam para onde quer.
Será essa a almejada liberdade?
Andar em círculos, por não ter a que se "prender".
Não ter familia, amigos, nada.
Apenas um par de tênis velhos e rasgados, para amortecer seus pés ja calejados pela triste caminhada na vida.
E assim ele segue seu caminho, entre prédios e construções.
Mostrando a qualquer um que enchergue, que a vida é feita de ilusões.

Vanessa Araújo. 

O Sopro da Morte.

O fim de tudo que acreditava finalmente chegou, nada mais faz o menor sentido, ainda estou vivo?
Apenas um corpo sem espírito. Sim aqui se finda a existência do meu ser.
Se já fui alguém, se uma vida já me pertenceu, agora nada mais resta, pouco me importa meu proprio sofrimento, minha dor.
Não irei mais protelar o meu fim...
Nada mais resta em mim...
Nada mais...
Nada.


Vanessa Araújo.